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Polícia ouve família de atirador e intima mais testemunhas

Foto: Henrique Bueno

Depois de ouvir o pai e a irmã do autor da chacina na Catedral de Campinas, a Polícia Civil deve intimar mais pessoas nos próximos dias. Entre elas, fiéis que foram feridos pelo atirador, parentes das vítimas e testemunhas oculares.

A intenção é apontar com precisão por onde Euler Fernando Grandolpho passou e com quem conversou antes de matar cinco pessoas e cometer suicídio no dia 11 de dezembro. Para isso, a investigação foi dividida em duas linhas principais.

O delegado que preside o inquérito, Hamilton Caviolla, diz que um dos focos da apuração é esclarecer a origem das armas, equipamentos e munições encontrados com Euler na cena do crime e também na casa onde morava.

A outra é esclarecer por completo a possibilidade de ele ter recebido a ajuda de alguém para executar a ação na igreja central de Campinas. Por enquanto, os indícios apontam que o homem de 49 anos tenha usado o transporte público.

Além dos relatos das testemunhas, também são esperadas as respostas dos ofícios enviados a órgãos, entidades e empresas. Entre elas, a viação Rápido Luxo, responsável pelos itinerários de ônibus entre Valinhos e Campinas.

Unidades de saúde nas quais o assassino possa ter buscado atendimento psiquiátrico e psicológico também foram consultadas, assim como o Exército e a Polícia Federal para ajudar no rastreamento da pistola 9 mm usada por ele.

Com os documentos em mãos, o objetivo é cruzar as informações com o conteúdo das oitivas. Os depoimentos do pai e da irmã do autor, aliás, não apresentaram novidades,mas confirmaram vários pontos já estabelecidos.

Apesar de esperar a confirmação da psicologia forense, o delegado Hamilton Caviolla diz estar convicto a partir das anotações que Grandolpho fazia de que ele era uma pessoa isolada, retraída e com sinais de desequilíbrio mental.

Responsável pelo inquérito sobre a chacina, Caviolla também confirma que os exames balísticos e periciais indicam que o tiro que matou o assassino foi dado por ele próprio e não pela Polícia Militar, conforme alguns boatos afirmam.

Os policiais militares que balearam o atirador, aliás, também serão ouvidos. A ação deles foi considerada essencial para evitar que mais pessoas fossem atingidas. Euler atirou mais de 20 vezes, mas poderia fazer mais 22 disparos.

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