As cobranças recebidas por servidores públicos de Campinas fizeram o sindicato que representa a categoria entrar com uma Ação Civil Pública contra o Plano de Saúde Samaritano. A entidade considera que os envios são indevidos.
As correspondências começaram a chegar depois que a Prefeitura perdeu uma ação na Justiça contra o Hospital Samaritano, na qual alegava que o aumento da mensalidade, feito em 2014, era abusivo. A situação gerou um impasse.
Como na época a Administração Municipal orientou os funcionários a pagarem o valor sem o reajuste por conta da ação, as cartas enviadas pelo plano de saúde levam em conta a diferença acumulada nos últimos quatro anos.
Por esse motivo, o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas afirma em nota que a cobrança é irregular, já que o Samaritano possui “ação de execução contra a Prefeitura cobrando a mesma coisa”.
A incerteza sobre o pagamento também fez com que o vereador Carlão do PT solicitasse informações à Prefeitura. Além de questionar se os servidores foram informados sobre a decisão da Justiça, cobra providências jurídicas.
Na opinião dele, o Executivo deveria arcar com a dívida, já que moveu a ação e orientou os trabalhadores a não pagarem a diferença. Ele reclama dos valores altos e também do risco de impedimento do uso de alguns serviços.
O Samaritano foi indagado sobre os questionamentos do sindicato e o valor da dívida. A Prefeitura foi procurada para se manifestar sobre quais providências deve tomar. Ambos não responderam até o fechamento desta reportagem.