Duas das 4 vítimas do atirador da Catedral Metropolitana de Campinas foram sepultadas na manhã desta quarta-feira no Cemitério dos Amarais. Cristofer Gonçalves dos Santos, que tinha 38 anos e trabalhava como garçom, em Campinas, foi velado pelos primos, mas quase toda a família dele mora no Sul do país. Fernanda dos Santos contou que ele era solteiro e tinha costume de ir à Catedral por ser católico praticante.
José Eudes Gonzaga, que tinha 68 anos, deixou dois filhos e a esposa. A mulher dele, Maria de Fátima Ferreira, também foi ferida no atentado, mas liberada para o sepultamento, apesar de ainda estar com uma bala alojada na perna. Donizette Soares, genro de Eudes, conta que ele foi atingido porque protegeu a esposa com o próprio corpo no momento dos disparos. Fato parecido ocorreu com outra vítima, Sidnei Vitor Monteiro, de 39 anos, que trabalhava na área de manutenção e serviços auxiliares da Unicamp.
Ele estava acompanhando a mãe na Catedral e foi atingido ao proteger a mãe, Jandira Prado, que teve ferimentos no tórax, mas recebeu alta na manhã desta quarta-feira e participou do sepultamento do filho, como conta Camila Del Mondes, assessora de imprensa na Unicamp, e colega de trabalho de Sidnei. O primo de Sidnei, Renato Maia, contou que a mãe está sob efeito de medicação, mas conseguiu relatar aos parentes o esforço do filho para protegê-la.
A quarta vítima, Elpídio Alves Coutinho, foi sepultado em Monte Mor. Já, quinta vítima, Heleno Severo Alves, de 84 anos, morreu um dia depois, nesta quarta-feira. Ele chegou a ser socorrido, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. O atirador, de 49 anos, matou 5 pessoas, feriu outras 3, e se matou em frente ao altar da Catedral Metropolitana de Campinas