O vereador Gilberto Vermelho, do PSDB, reconheceu que a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Campinas aconteceu em meio a um clima de desconforto e com ânimos exaltados. Incomodado, diz que ninguém saiu vitorioso do pleito. Integrante da base do prefeito Jonas Donizette, do PSB, Vermelho compunha um dos grupos cotados para a diretoria da Casa, mas decidiu se ausentar da votação com outros membros por discordar de como a disputa transcorreu.
Ele critica o contexto no qual o então líder de governo, Marcos Bernardelli, também do PSDB, foi escolhido com 18 votos. Dias antes do processo, o secretário de Jonas, André Von Zuben, pediu exoneração para que votasse. Outra situação citada por Vermelho foi a alteração no calendário. Segundo o vereador, se a eleição fosse realizada antes, o grupo dele teria os votos necessários. Apesar disso, alega que respeita a mudança de opinião dos colegas.
Nas semanas que antecederam o pleito, ele e vereadores da situação e da oposição tentaram manter o processo no meio de dezembro, mas perderam a queda de braço para outros 18 parlamentares. Entre eles, Marcos Bernardelli. A votação aconteceu no dia 29 de dezembro, data que deu início à insatisfação e insuflou os bastidores que já estavam agitados devido à abertura da Comissão Processante que apura se o prefeito foi omisso no escândalo do Ouro Verde.
Após ser eleito, Bernardelli concedeu entrevista à CBN Campinas e adotou um tom conciliador. Ele alega querer reconquistar os vereadores da base que deixaram o Plenário. Para isso, diz que é hora de pensar na Câmara e na cidade. Mas enquanto isso, as críticas continuam. Paulo Galtério, do PSB, mesmo partido de Jonas, por exemplo, publicou um vídeo com duras críticas no Facebook. Ele chama Bernardelli de “ilegítimo” e indica coação de vereadores.
