A Região Metropolitana de Campinas fechou 2018 com déficit comercial de U$ 7,98 bilhões segundo um estudo conduzido pelo Observatório PUC-Campinas, baseado nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ao longo do ano, os 20 Municípios que integram a região importaram o equivalente a US$ 12,7 bilhões, e exportaram US$ 4,73 bilhões. Apesar do indicador ruim, o mês de dezembro apresentou números positivos em relação ao mesmo período de 2017.
As exportações somaram U$ 444,38 milhões de dólares, o que representou alta de 17,90%, atingindo o melhor resultado desde 2010. O cenário é reflexo do aumento considerável da exportação de veículos de passageiros e medicamentos. Somados aos itens de autopeças, barras de aço e bombas para líquidos, os produtos de média-alta complexidade representaram parcela expressiva do valor exportado. De acordo com o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas, Paulo Oliveira, num primeiro momento, o déficit na balança comercial apresentado pela RMC pode parecer ruim, mas o indicador apenas reflete a característica estrutural da região.
Em relação às importações, houve um aumento de 2,93% se comparado a dezembro de 2017, totalizando 882,4 milhões de dólares. Grande parte dos bens comprados do exterior, cerca de 75% dos itens, foi de média-alta complexidade, com destaque para compostos químicos e fertilizantes.
