A Justiça negou o pedido do presidente da Câmara de Paulínia,Antônio Ferrari (DC), conhecido como Loira, para assumir a Prefeitura no lugar de Du Cazellato (PSDB), empossado em novembro após a cassação de Dixon Carvalho(PP). Loira foi eleito presidente do Legislativo em dezembro. Ele entendeu que ele deveria assumir o Executivo e assinou o termo de posse na última sexta-feira, mas não conseguiu ter acesso ao gabinete porque Cazellato se recusou a sair.
A defesa de Loira entrou com uma ação na justiça para que Cazellato liberasse o gabinete e deixasse a prefeitura. Mas nesta quarta-feira, o juiz Bruno Luiz Cassiolato, da 1ª Vara do município, seguiu a recomendação do Ministério Público, que pediu à Câmara para que a posse de Loira fosse considerada nula, e manteve Cazellato na administração da cidade. Segundo a decisão, o pedido de Loira para assumir a Prefeitura de Paulínia não procede, já que o presidente da Câmara de Vereadores deve tomar posse como prefeito quando o cargo fica vago, o que aconteceu apenas em novembro com a cassação de Dixon e do vice Sandro Caprino (PRB) por abuso de poder econômico nas eleições de 2016.
Naquela ocasião, Du Cazellato era presidente da câmara e foi empossado prefeito até que esgotassem todos os recursos dos réus ou novas eleições sejam convocadas. O juiz ainda determinou que Loira deixe de praticar atos como prefeito. De acordo com a decisão, as duas exonerações e duas nomeações que o vereador fez depois de ter assinado o termo de posse na última sexta-feira devem ser apreciadas pelo Ministério Público.
O presidente da Câmara de Paulínia, Antonio Ferrari, o Loira, foi procurado para comentar a decisão da justiça, mas ele não respondeu as solicitações até o fechamento da reportagem.