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Testemunha falta à CP do Ouro Verde e vereador aponta suposta coação

Foto: Danilo Braga

A testemunha de acusação, Maurício Rosa, não compareceu à Câmara de Campinas, nesta quinta-feira, na Comissão Processante que apura se houve envolvimento do prefeito, Jonas Donizette, em desvios de recursos do Hospital Ouro Verde e o vereador Marcelo Silva, autor do pedido da CP, aponta suposta coação. Maurício Rosa é investigado pelo Ministério Público por suspeita de fazer parte de um suposto plano B e influência política para conseguir aditivos da prefeitura para a Organização Social Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde.

O comunicado do não comparecimento foi feito pela advogada de Maurício Rosa, alegando que ele e a família estariam temerosos quanto à integridade física, sugerindo que o depoimento deveria ter ocorrido na terça-feira passada, data anteriormente marcada para este depoimento. Numa conversa de WhatsApp com Marcelo Silva, a advogada sugere ainda nesse meio tempo teriam ocorrido fatos que fizeram com que Maurício desistisse do comparecimento.

Marcelo Silva enviou, então, um ofício ao Ministério Público pedindo uma apuração por parte da Promotoria e sugere a prisão preventiva dos envolvidos na operação que ainda estão em liberdade.

O advogado de Jonas Donizette, Marcelo Pelegrini, considerou descabido o pedido de Marcelo Silva, lembrando que foi a própria comissão processante que pediu o adiamento do depoimento de Mauricio Rosa.

Uma nota oficial da Prefeitura de Campinas afirma que “o vereador Marcelo Silva, de forma leviana e inconsequente, como tem sido traço de seu comportamento, fez acusações sem qualquer prova ou cabimento citando o nome do prefeito, tentando, com isso, esconder a própria incapacidade de cumprir a sua função. Em razão disso, informa que  o prefeito Jonas Donizette entrará na Justiça com queixa-crime contra o vereador Marcelo Silva, por injúria, calúnia e difamação”.

Em seguida, Marcelo Silva também enviou uma nota onde afirma: “não houve por minha parte nenhuma imputação de qualquer crime ao prefeito. O que houve foi um ofício encaminhado para o Ministério Público para apuração de um fato que chegou ao meu conhecimento, e, como vereador, eu tenho obrigação de pedir para que se apure esse suposto crime. Vejo na atitude do senhor prefeito um fato extremamente grave o uso da estrutura da máquina pública para sua defesa pessoal ao enviar o comunicado à imprensa por meio da Secretaria de Comunicação. Isso configura improbidade administrativa, ferindo o princípio da moralidade administrativa. Por fim, tal fato será levado a conhecimento da Promotoria de Cidadania”. Já, o Ministério Público informou que vai investigar a suposta coação.

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