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Testemunhas de acusação não comparecem para prestar depoimentos na CP

Foto: Gustavo Tilio/Divulgação

Nenhuma das 10 testemunhas de acusação compareceu à Câmara Municipal de Campinas para prestar depoimentos à Comissão Processante que investiga se houve participação do prefeito Jonas Donizette no esquema de desvio de verbas do Hospital Ouro Verde. A sessão aconteceu nesta quinta-feira, numa sala adaptada na presidência do legislativo. Após o início dos trabalhos, o presidente da CP, vereador Luiz Henrique Cirilo, do PSDB, concedeu um tempo de 30 minutos de tolerância para aguardar a chegada das testemunhas.

Como ninguém compareceu, o vereador responsável pela acusação, Marcelo Silva, do PSD, apresentou dois requerimentos que serão apreciados pela comissão. Em um deles, ele abriria mão de oito das testemunhas de acusação convocadas, pedindo que as outras duas fossem ouvidas em outra ocasião. Eles seriam Daniel Câmara, ex-diretor da OS Vitale e Ronaldo Pasquarelli, empresário também ligado à organização social. Os dois fizeram um acordo de delação premiada e estão em prisão domiciliar.

Segundo o vereador Marcelo Silva, os réus estariam dispostos a prestar depoimento na Câmara, desde que tivessem sua imagem preservada. O segundo requerimento apresentado pelo parlamentar seria a marcação de uma nova data para o depoimento de Sylvino de Godoy, diretor presidente afastado do jornal Correio Popular. O réu enviou um comunicado aos membros da comissão informando que não iria comparecer por problemas de saúde.

Deste modo, Marcelo Silva solicitou então a convocação de Maurício Rosa, comissionado que havia sido contratado pela prefeitura e foi apontado em relatório do Ministério Público, como sendo o “Plano B” da Vitale, em sua intenção de obter mais recursos no contrato com o Hospital Ouro Verde. Segundo o presidente da Comissão Processante, Luiz Henrique Cirilo, a opção foi por analisar com mais calma os requerimentos do vereador Marcelo Silva, já que houve questionamentos por parte da defesa do prefeito Jonas Donizette.

O vereador Marcelo Silva disse esperar que a Comissão acate os requerimentos, já que tratam-se de testemunhas chaves do esquema de corrupção e que estariam dispostas a colaborar com as investigações. O advogado que representa o prefeito Jonas Donizette, Marcelo Pelegrini, afirma que não vê brecha legal para que a comissão atenda os requerimentos do vereador Marcelo Silva. De qualquer modo, ele disse estar tranquilo em relação ao modo como os trabalhos estão sendo conduzidos e que vai aguardar a decisão da CP para avaliar qual será o próximo passo da defesa. Por enquanto estão mantidos os depoimentos das testemunhas de defesa para o dia 24 deste mês e também do prefeito Jonas Donizette, marcada para o próximo dia 31.

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