Um projeto de lei que está em análise na Comissão de Constituição e Legalidade da Câmara de Campinas propõe que o soro contra a picada de escorpião seja disponibilizado em todas as unidades de urgência emergência do município. Em 2018, a cidade teve 272 vítimas picadas, sem registros fatais. Atualmente a gestão é feita pela Unicamp, o que obriga o morador a se deslocar ao local. O autor da proposta, Vinicius Gratti, do PSB, quer que as doses sejam acessíveis.
O texto elaborado por Vinicius Gratti abrange também os medicamentos contra ataques de cobras e aranhas, mas o objetivo principal é evitar que a alta recente de casos com escorpiões em Campinas resulte em mortes e situações graves. De acordo com a Pasta de Saúde, 94% das ocorrências são consideradas leves. Porém, entre os 6% que são considerados complexos, a maior parte é registrada entre crianças de 0 a 9 anos de idade, o que potencializa o risco de morte.
Se o projeto for considerado legal, é encaminhado para a votação em Plenário. Se aprovado, segue para sanção do prefeito de Campinas. Mas enquanto a proposta tramita na Casa, o Executivo Municipal foi questionado sobre o tema. Em nota, a Secretaria de Saúde confirma que “o fluxo de aplicação do soro contra picada de escorpião, aranha e cobras é estabelecido pelo Estado”, a partir de uma organização do Governo Federal através do Ministério da Saúde.
Conforme o comunicado oficial, na região, o soro “fica sob responsabilidade do Centro de Informação e Assistência Toxicológica”, o CIATOX da Unicamp. O departamento cuida do armazenamento e também da aplicação das doses. Por fim, a Prefeitura explica que “as pessoas picadas por animais peçonhentos que procuram as unidades de saúde do município passam por triagem da equipe local e, caso seja necessário, são encaminhadas” imediatamente para o CIATOX.
