Os comércios de Campinas estão recorrendo aos botijões após o reajuste de 14% no preço do gás encanado anunciado pela Comgás. Apesar de menos produtivo, o produto a granel custa menos e fez a Associação dos Bares e Restaurantes da cidade incentivar a troca.
O presidente da Abrasel, Matheus Mason, reclama que a mudança no preço pesa nas contas porque se soma às tarifas presentes em contrato. Com isso, explica que a entidade se organizou e procurou revendedoras do município para firmar acordos em busca de economia.
Segundo ele, muitos associados conseguiram gastar até 30% menos, mesmo antes da medida da Companhia de Gás de São Paulo. A aplicação do reajuste, no entanto, fez os estabelecimentos se movimentarem mais, já que o repasse para os pratos está fora de cogitação.
O aumento no gás encanado se deu pela atualização do custo do gás natural com base nas variações de preço do petróleo e da taxa de câmbio. Com isso, outros setores também sentiram o reflexo. No segmento residencial, o preço subiu 11% Na indústria, 32%. Nos postos de combustíveis, 40%.
A Comgás alegou em nota que o aumento foi definido pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, a Arsesp. Diz ainda que a medida se dá pela “recuperação da diferença de valores das tarifas” e do preço pago, “em caso de variação significativa no custo do insumo”.
No texto, também diz que “os percentuais de ajuste nas tarifas são distintos, conforme o segmento de mercado e o volume de consumo”. Sobre o GNV, defende que o produto proporciona “o melhor custo-benefício”: “47% mais econômico que a gasolina, e 43% em relação ao etanol”.