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Calçada no Cambuí vira base para entregadores de apps

Foto: Leonardo Cassano

A esquina entre a Rua Barreto Leme e a Avenida Júlio de Mesquita, no Cambuí, em Campinas, reúne, principalmente nos dias de semana, trabalhadores como José Augusto e Lucas Eduardo. Eles são entregadores por aplicativos de celular.

A escolha pela permanência no local é estratégica, já que muitos chamados são feitos no bairro e também no centro, que fica a um quarteirão de distância. Com isso, é comum que os dois se encontrem e conversem sentados na calçada.

Os dois jovens têm o mesmo motivo para atuarem no serviço: ambos estavam sem emprego, precisavam de renda e viram no app a saída para a situação. Os planos, no entanto, são diferentes. José encara como uma opção temporária.

Lucas, por outro lado, pretende ficar mais tempo nesse tipo de trabalho. Ele já faz isso há cerca de dois meses, se diz satisfeito com a solução encontrada e tem até mesmo a intenção de ampliar o horário para aumentar a renda mensal.

A calçada no Cambuí fica cheia nos períodos da tarde. A cena também é comum à noite e em outros pontos da região central, como entre as ruas Barreto Leme e Sacramento. Há trabalhadores com bicicletas, mas também há motociclistas.

Além de cadastrados na Rappi e também na Glovo, que entregam alimentos e outros tipos de produtos, há também prestadores de aplicativos que trabalham somente com restaurantes listados nas plataformas, como Uber Eats e iFood.

A rotina é cansativa, já que quanto mais entregas são feitas, mais é embolsado pelo entregador. Mas a opção é uma das mais acessíveis para quem precisa complementar a renda, ou não conta com atuação com carteira assinada.

A realidade é comprovada pelos dados da Associação Comercial e Industrial de Campinas sobre 2018: o saldo de postos de trabalho foi positivo pela primeira vez desde 2013: 4,9 mil vagas. Porém, o emprego formal não obteve evolução.

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