As tarifas do Gás Natural Veicular, o GNV, aplicadas para os postos de combustíveis, terão um aumento de 40% após uma decisão da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Arsesp.
A medida se dá pela atualização do custo do gás natural, que reflete variações de preço do petróleo e da taxa de câmbio e preocupa quem utiliza o sistema no carro. É o caso do motorista de transporte por aplicativo, Luiz Paulo.
Ele investiu cerca de R$ 4,5 mil na instalação e gasta atualmente entre R$ 2,29 e R$ 2,39 para encher o reservatório do veículo. Com o aumento iminente, no entanto, já não entende como vantajosa a opção utilizada no cotidiano.
Enquanto isso, as oficinas mecânicas de Campinas autorizadas a fazer a conversão para o GNV seguem com a procura pelo serviço em alta. O crescimento começou em maio de 2018 por conta da greve dos caminhoneiros.
Desde então, o proprietário de um estabelecimento na Rua Carolina Florence, José Antônio Polo, contratou dois funcionários e está com a agenda cheia. Com o reajuste no gás, no entanto, não sabe o que esperar do movimento.
Por enquanto, o aumento nos postos não foi percebido, mas ele diz ter conversado com donos de locais desse tipo em Campinas. A expectativa é que o reajuste aconteça na próxima semana. Os preços devem chegar a R$ 3,20.
A definição da Arsesp sobre o GNV foi motivada ainda pela diferença de valores das tarifas aplicadas e do preço. Segundo a agência, os percentuais de variação são distintos, conforme o segmento de mercado e o volume de consumo.
Além dos 40% nos postos de combustíveis, a deliberação atingiu o segmento residencial, com variação média de 11%. Para os comércios, a atualização na tarifa foi de 14%, em média. Na indústria, os ajustes giram em torno de 32%.