Um movimento nascido em Campinas tem motivado a discussão do tema Alienação Parental, que trata a realidade dos pais ou mães que são afastados do convívio regular e periódico com seus filhos em razão dos conflitos entre seus genitores.
O movimento “Sou pai, não visita”, trata dos conflitos de pais e mães que requerem a guarda ou o direito de visita de uma criança.
O advogado de Campinas, Leandro Nagliate, que faz parte do movimento, explica que a alienação parental ocorre principalmente quando um dos lados tenta usar os filhos como moeda de troca.
A alienação parental inclui a manipulação psicológica de uma criança, gerando medo, desrespeito ou hostilidade injustificados em relação ao pai ou mãe ou a outros membros da família e atinge 20 milhões de crianças e adolescentes no Brasil.
Para Leandro, trata-se de uma forma distinta e generalizada de abuso psicológico e violência familiar, tanto para a criança quanto para os familiares rejeitados e desrespeita a Lei da Guarda Compartilhada.
Na tentativa de reivindicar uma Legislação específica para o problema, Leandro esteve até em Brasília com outros integrantes do movimento para levar as demandas relacionados ao tema a deputados e órgãos competentes.
A alienação parental é considerada uma afronta tanto da Declaração Universal dos Direitos Humanos quanto da Convenção internacional sobre os direitos da criança.