O subprocurador-Geral de Políticas Criminais e Institucionais do Ministério Público, Mario Luiz Sarrubbo, negou que os habeas corpus concedidos aos investigados na Operação Ouro Verde sejam fruto de um racha entre instâncias.
No último dia 5, todos os réus presos na 3ª fase da investigação do Gaeco sobre os desvios de dinheiro público do Hospital de Campinas foram soltos, o que demonstrou que não havia consenso sobre a libertação entre os procuradores.
Além disso, também confirmou que os promotores devem entrar com recurso para que os acusados voltem ao regime fechado. Entre eles, o ex-secretário Silvio Bernardin, e o filho do empresário Sylvino de Godoy, Gustavo Khattar.
As afirmações foram dadas em coletiva de imprensa dominada não só por questões sobre a as apurações do caso, mas também sobre o prefeito Jonas Donizette, do PSB, investigado pela Procuradoria por ter foro privilegiado.
Devido ao sigilo, o sub-procurador disse não ter detalhes do processo. Porém, confirmou ter recebido o Chefe do Executivo em uma audiência, alegou que entendeu isso com normalidade e definiu esse encontro como “republicano”.
Segundo ele, Jonas se disse contrário ao contato entre promotores e membros da Comissão Processante aberta contra ele na Câmara. A reclamação resultou em um documento, que foi arquivado por não existir indícios de irregularidades.
O prefeito Jonas Donizette disse em nota que, no período em que administra Campinas e em toda a vida pública, “mantém um relacionamento de respeito com o Ministério Público” e que ambos têm o papel de “promoção da Justiça”.
Por fim, alegou que a defesa entende que há uma divergência de interpretação, já que “o compartilhamento de informações entre o MP e a CP com relação à delação premiada precisaria de autorização judicial, o que não ocorreu no caso”.
