O Ministério Público teve acesso aos documentos e vai investigar um contrato feito em caráter emergencial pela Prefeitura de Campinas com uma OS que tem como membro-fundador o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romeo.
A denúncia foi feita pelo vereador Tenente Santini, do PSD, que levou ao Plenário da Câmara documentos que comprovariam que Arly é o diretor-presidente do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM.
O contrato por intermédio da Rede Mário Gatti foi firmado em dezembro de 2018 sem necessidade de licitação e prevê o pagamento de R$ 1,6 milhão por seis meses para que a OS garantisse o atendimento no Hospital Ouro Verde.
Para Santini, no entanto, o processo de contratação do serviço tem vícios e contraria a Lei Orgânica do Município. Além disso, apresenta indícios de fazer parte de um plano C de corrupção para desviar dinheiro público da saúde.
A denúncia surpreendeu a base de Jonas, revoltou outros membros da Casa e chegou até Arly de Lara Romeo, que reagiu às alegações. Em nota, afirma que não faz mais parte da diretoria da CEJAM desde 14 de setembro de 2018.
No comunicado, justifica ainda que, por conta disso, “não participou das negociações e assinatura deste contrato” na oportunidade da assinatura do documento com a Rede Municipal Mário Gatti de Urgência e Emergência.
Uma carta de 3 de setembro não protocolada, porém, indica que Arly pediu afastamento devido a “atividades intensas”. Em consulta à Receita Federal às 8h da manhã desta quinta ele ainda consta juridicamente como diretor-presidente.
Questionada sobre as suspeitas, a Rede Mário Gatti alegou via assessoria de imprensa que fez a contratação emergencial da CEJAM, “que ofereceu o menor valor entre as empresas concorrentes, obedecendo aos critérios legais”.
O Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim presta serviços em unidades de saúde de diversos municípios. Em nota, informou que “os profissionais mencionados não fazem parte da diretoria do CEJAM desde 2018” e que está à disposição para mais informações.
