Após o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, que deixou 10 pessoas mortas, entre jogadores das categorias de base e funcionários, as atenções em Campinas se voltaram para as condições dos alojamentos de Ponte Preta e Guarani. Os dois times mantêm seus atletas nas dependências de seus estádios. Os responsáveis pelos clubes garantem que possuem todos os documentos e laudos exigidos pelo Corpo de Bombeiros, prefeitura de Campinas e Federação Paulista de Futebol.
No caso da Ponte Preta, todos os documentos foram apresentados à reportagem, que visitou os alojamentos no estádio Moisés Lucarelli. Toda a parte elétrica foi refeita recentemente e as fiações e cabos elétricos são todos novos. Nos alojamentos que abrigam 28 atletas sub 20, há mecanismos de proteção contra incêndios. Os corredores são sinalizados para facilitar a saída, extintores de incêndios e mangueiras estão posicionados próximos às portas dos dormitórios e há também a instalação de iluminação de emergência. O clube mantém em seu quadro de funcionários 40 brigadistas que atuam diariamente no local, além de oito socorristas que trabalham em dias de jogos. De acordo com o diretor de patrimônio da Ponte Preta, Márcio Pagano, o clube realiza a manutenção preventiva das instalações para evitar qualquer tipo de problema.
A reportagem também solicitou uma visita nas dependências do Guarani, mas o pedido foi negado pela diretoria porque os alojamentos estão passando por obras. De qualquer modo, os representantes bugrinos garantem que realizam a manutenção preventiva no estádio Brinco de Ouro da Princesa e que o local também conta com toda a documentação exigida pelas autoridades, como afirmou o superintendente executivo do Guarani, Marcelo Tasso. A tragédia no CT do Flamengo aconteceu no início da manhã desta sexta-feira, quando o incêndio atingiu as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não residiam no Rio de Janeiro. A suspeita é que um curto-circuito em um ar-condicionado foi a causa do incêndio.