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Sindicância de servidor afastado depois de operação do MP em Campinas segue aberta

A sindicância que apura irregularidades cometidas pelo ex-diretor de Saúde de Campinas e réu na Operação Ouro Verde, Anésio Corat Junior, já chega a 14 meses sem uma conclusão. Ele chegou a ser detido na 2º fase da Operação realizada pelo Ministério Público em março de 2018 mas, atualmente está em liberdade.  Foi na casa dele, em 30 de novembro de 2017, durante a 1º fase da Operação, que o MP apreendeu R$ 1,2 milhão, guardados em caixas de sapato.

Ele era o Diretor do Departamento de Prestação de Contas da Secretaria de Saúde e é acusado de envolvido em supostos desvios de verba do setor. Apesar de afastado, ele continua recebendo o salário de dentista, que foi o cargo que entrou no funcionalismo em 1989.

Dentro das investigações do Gaeco do Ministério Público, escutas telefônicas autorizadas pela justiça, já divulgadas pela CBN Campinas, aparecem como indícios do envolvimento de Anésio com gestores da Vitale Saúde.

Em 27 de abril de 2017, Corat conversa com Ramon Luciano da Silva, ex-comissionado no setor de Contas da pasta de saúde. No diálogo, ele mostra preocupação com grampos e fala de uma postura que adotaria se não tivesse “retornos”.

Outro indício do envolvimento de Anésio Corat Júnior se dá em conversa entre Hélio Franchi, então diretor da Vitale e Fernando Vítor, que seria lobista no suposto esquema. Eles falam de uma aparente insatisfação de Anésio, que seria causada por um “acerto” não cumprido. Fernando, após citar isso, parece desconversar como se desse conta de que a conversa não deveria ser dita por telefone.

Além de Corat Júnior, outro funcionário da prefeitura de Campinas, Maurício Rosa foi exonerado do cargo de diretor do Departamento Administrativo da Secretaria de saúde por ter sido citado em escutas telefônicas, com suspeita de envolvimento.

Procurada, a Prefeitura informou que o processo disciplinar contra Anésio segue em sigilo e está em fase final. Durante o processo, foram ouvidas testemunhas e coletadas provas. O servidor segue afastado para a preservação do processo. Além do afastamento pelo processo administrativo, ele também foi afastado por tempo indeterminado pela Justiça, por conta do processo criminal.  Com relação ao salário, os pagamentos continuam sendo efetuados com base em Lei Federal. Anésio é concursado como Dentista e recebe cerca de R$ 14 mil mensais.

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