Motivada pelos ataques na escola Raul Brasil, em Suzano, que terminou na morte de dez pessoas nesta quarta-feira, a Secretaria de Estado da Educação anunciou que vai revisar os procedimentos de segurança nas escolas da rede. A intenção é intensificar a segurança nas 5 mil e 300 escolas do Estado. Campinas tem 175.
Entre elas, a Escola Carlos Gomes, causa preocupação por causa das grades e muros baixos e da secretaria, que mantém o portão constantemente aberto para a Avenida Benjamin Constant, sem nenhum segurança ou policiamento no local. A ex-funcionária, hoje aposentada, Lucia Helena, foi visitar os ex-colegas e percebeu o problema. A direção da Escola Carlos Gomes não quis conversar com a reportagem.
Outra escola com muros baixos, que poderiam facilitar o acesso, é a Milton de Tolosa, no Jardim Leonor. No local, onde a reportagem permaneceu por cerca de uma hora, não havia vigilância, nem de agentes escolares e nem de policiais ou guardas municipais.
Uma das funcionárias relatou que apesar dos muros baixos, no interior da escola a segurança é reforçada pelos portões, mas a diretora não quis gravar entrevista. Em outros exemplos, como as escolas estaduais Francisco Glicério, na Avenida Moraes Salles, a Professor Antônio Vilela Júnior, na Vila Industrial e Escola Vitor Meireles, no São Bernardo, os muros são altos e reforçados com arames, mas a reportagem não constatou a presença de agentes escolares, policiamento da PM, ronda escolar, nem da Guarda Municipal.