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Estudo alerta sobre exposição crônica a substâncias na água

Um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas identificou 58 substâncias presentes em rios, esgotos e na água que chega às torneiras. As coletas foram feitas ao longo de 10 anos em 800 pontos distintos. Deste total, 90% das amostras foram colhidas na Região Metropolitana de Campinas.

A professora do Instituto de Química da Unicamp, doutora Cassiana Montagner, enumera os tipos de produtos encontrados pelos pesquisadores. Há compostos usados pela indústria para a produção de plástico, mas também elementos como cafeína e ainda alguns hormônios, fármacos e pesticidas.

Segundo a especialista, as concentrações encontradas são baixas e não causam um efeito imediato no organismo. No entanto, o potencial de risco existe. Entre os possíveis problemas para a saúde, estão reflexos no sistema nervoso e endócrino das futuras gerações devido à exposição crônica em longo prazo.

Outras consequências deste contato prolongado são menstruação precoce, infertilidade masculina, obesidade, câncer de mama e também de útero. Para a doutora Cassiana Montagner, os indicadores apontam para um novo padrão de consumo, já que grande parte das substâncias desce pelo ralo.

Apesar disso, pondera que os maiores riscos e danos ao ambiente e ao ser humano existem principalmente em cidades com tratamento ruim de água. Mas outro alerta é sobre o descarte irregular de medicamentos no lixo comum, ou nas pias, já que o retorno a uma farmácia ou empresa é o mais indicado.

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