O Ministério Público vai investigar dois contratos firmados pela Rede Mário Gatti de Saúde, em Campinas. Um deles para a prestação de serviços de cirurgia médica no Hospital Ouro Verde. O outro para a locação de 15 ambulâncias.
No acordo feito em caráter de emergência com o Centro de Estudos e Pesquisa Dr. João Amorim, será investigado o vínculo da OS com o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romeo. O nome dele aparece entre os membros-fundadores.
No segundo, assinado sem necessidade de licitação com a empresa Equilíbrio Serviços Médicos Especializados, serão apurados indícios de má gestão e de improbidade administrativa, já que o contrato foi renovado com o mesmo valor.
As denúncias, feitas pelo vereador Tenente Santini, do PSD, foram aceitas pelo MP. Os casos também foram expostos pelo parlamentar em Plenário. Para ele, os contratos mostram a falta de planejamento do Poder Público com a Saúde.
O contrato entre a Rede Mário Gatti e o Cejam foi firmado em dezembro de 2018 sem necessidade de licitação e prevê o pagamento de R$ 1,6 milhão por seis meses para que a OS garantisse o atendimento no Hospital Ouro Verde.
Segundo Santini, no entanto, o processo de contratação do serviço tem vícios e contraria a Lei Orgânica do Município. Além disso, apresenta indícios de fazer parte de um plano C de corrupção para desviar dinheiro público da saúde.
Já os contratos do Samu, também celebrados sem licitação, foram feitos para a locação de 15 viaturas O primeiro, válido por seis meses, foi firmado em março de 2018 no valor R$ 1,098 milhão. Encerrado o prazo, ocorreu a renovação.
Para isso, foi usado o argumento de valor menor. Mas para Santini, a explicação não é válida. Além disso, também vê indícios de superfaturamento, já que em Valinhos o valor por ambulância é de R$ 5 mil. Em Campinas, R$ 12 mil.