Essa edição o Música é Cultura apresenta um trabalho musical com as seguintes características: Qualidade sonora e produção bem elaborada de um cd que exibe a musicalidade das influências originais da nossa música e os resultados dos variados ritmos que hoje são ouvidos por todos os cantos do Brasil. Na linguagem dos orixás, Airá Otá significa “ pedra que pode voar ” e é exatamente isso que a parceria de Vítor da Trindade e Carlos Caçapava faz, as pedras fundamentais da nossa música são a base da concepção musical deste trabalho que voa por muitos universos musicais. Vitor da Trindade é compositor, percussionista e violonista popular, além de ensinar ritmos e danças tradicionais afro-brasileiras no Brasil, Itália e Alemanha. Carlos Caçapava é percussionista, compositor, luthier, professor de percussão e pesquisador de ritmos e instrumentos afro-brasileiros.
Eles tocam juntos desde 1975, acompanhando artistas, experimentando solos de percussão e, por vezes, apresentando canções próprias com voz, violão e percussão, mas Airá Ota é o primeiro registro sonoro da dupla.
Músicas baseadas nos ritmos afro-brasileiros, no candomblé, no maracatu, no côco, no samba rural paulista e a experiência dos músicos com os beats da música negra: blues, reggae, funk e soul oferecem à quem ouve uma trilha de pesquisa musical.
A música A Saia da Carolina, um lundu, foi gravada no primeiro disco que se conhece como registro fonográfico Brasileiro. A voz grave e de forte vibrato do cantor Vitor da Trindade, nos remete à uma espécie de acalento no final da tarde, relaxando e acalmando os ânimos.
Para quem quer experimentar uma cozinha de sabores diferentes, com temperos bastante variados, que apontam para a riqueza da música brasileira, esse projeto Airá Otá de 2001 é um prato cheio.
A gênese e o gêneros, o começo e a atualidade, assim podemos caracterizar este trabalho. Com a música “Breznik 1”,
A tradição dos ritmos afro-brasileiros de Vitor da Trindade e Carlos Caçapava é o destaque desta edição do quadro Música é Cultura.
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produção:
Walmir Bortoletto
edição:
Paulo Girardi