O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB) gastou R$ 82,6 mil em verba pública do gabinete com combustível em postos que pertencem a um sócio do filho dele, o presidente da Alesp, Cauê Macris. (PSDB).
Cauê disputa nesta sexta-feira a reeleição ao cargo máximo da Alesp. O pai dele inclusive comprou combustível com verba pública em um posto que pertence a Cauê, na cidade de Limeira. A prática é proibida pela Câmara dos Deputados.
No mandato de 2015 a 2019, Vanderlei Macris gastou R$ 202 mil do gabinete com combustível. Informações da Câmara confirmam que 40% desse valor foram gastos em três postos que pertencem a Thiago de Freitas Akim, sócio de Cauê em outro posto, o União de Limeira.
Em Americana, um posto também do empresário Akim, recebeu R$ 86,6 mil do deputado. Vanderlei gastava mensalmente no posto VIP de Americana, valores que variavam de R$ 396, em maio de 2015, até R$ 4.379 em setembro do ano passado. Ou seja, durante os quatro anos de mandato, o tucano gastou R$ 1.700 de combustível por mês no posto.
Deputados federais de São Paulo têm cota mensal para ações relativas ao mandato no valor de R$ 37 mil cada. A legislação limita a R$ 6 mil mensais destinados a combustível.
Em nota, Vanderlei informou que não tinha ciência e não autorizou que o veículo fosse abastecido no Posto União de Limeira Ltda, localizado próximo à base eleitoral dele. Ele afirma que o baixo valor gasto no posto ao longo de três anos pode provar que a prática não é comum. O deputado garante também que restituirá o valor integralmente à Câmara dos Deputados.