A Comissão Permanente para os Vestibulares da Universidade Estadual de Campinas, a Comvest, alterou as provas para admissão dos estudantes. Entre as principais mudanças, está a redução da segunda fase, de três para dois dias, e a aplicação de um teste por área de escolha do vestibulando.
O coordenador dos vestibulares da Unicamp, José Alves de Freitas Neto, diz que a intenção é deixar o processo mais justo e adequado aos dias atuais. Freitas também confirma que o novo modelo tem relação com as cotas étnico-raciais, pois permite que o sistema de ingresso seja mais diverso.
Apesar da redução da segunda fase de três para dois dias, o período para a conclusão dos testes foi ampliado de quatro para cinco horas. As provas foram reagrupadas. Quatro são obrigatórias para todos os candidatos: Redação, Matemática, Português e questões interdisciplinares.
No caso da Redação, que continuará com peso de 20% na nota, o estudante deverá escolher uma das duas propostas para redigir um texto. Além das quatro provas obrigatórias, serão duas para a área do curso almejado. Os pesos, segundo Freitas, serão definidos até o final de maio.
O vestibular 2019 da Unicamp foi o primeiro com cotas étnico-raciais. Com isso, 38,2% dos ingressantes se autodeclararam pretos ou pardos. Desde então, denúncias de fraudes partiram de alunos e do movimento negro. Por conta disso, uma comissão foi formada para investigar.
O coordenador da Comvest, José Alves de Freitas Neto, não detalhou os números, mas disse que os autodeclarados pretos e pardos serão investigados. Por fim, alegou também que a comissão foi criada para, assegurando o direito de ampla defesa, definir os procedimentos a serem adotados.