O fogo alto e a quantidade de fumaça liberados pelas chaminés da Refinaria de Paulínia chamaram a atenção na região de Campinas nesta segunda-feira. As tochas assustaram principalmente quem vive perto da unidade da Petrobras, mas também puderam ser vistas de outras cidades, mesmo à distância.
No Jardim Santa Genebra, em Campinas, por exemplo, que fica a cerca de 25 km de distância da Replan, a claridade das chamas gerou curiosidade. Mas foi no Jardim São José, em Paulínia, que o susto foi maior. O bairro fica paralelo à planta, do outro lado da Rodovia Professor Zeferino Vaz.
Da garagem da própria casa, Francisca Maria consegue ver os chamados “flares” da refinaria. Na noite do último dia 8, porém, notou algo não muito comum. Além da claridade no céu, ela conta que o barulho também é muito alto e chega a incomodar. Vivendo há 11 anos no local, reconhece ainda sentir medo.
Francisca justifica o temor ao lembrar a explosão registrada na unidade de craqueamento da Replan na madrugada de 20 de agosto do ano passado. Não houve registro de vítimas no acidente, mas um setor do local foi destruído pelo incêndio e a produção foi paralisada por um período de 10 dias.
Desta vez, porém, a Petrobras informou que o aumento das chamas e da fumaça se deu por uma parada não programada e descartou riscos à população. Segundo um comunicado enviado à imprensa, o sistema de alívio de gases foi acionado automaticamente e se trata de um procedimento de segurança.
No texto do informe, a empresa também justifica que está tomando todas as providências para que a unidade possa retomar as operações normais. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo foi informada da situação. Fiscais foram ao local, mas não notaram emissão anormal de poluentes.
