O Estudo, divulgado em Campinas, que aponta um coquetel de 27 diferentes agrotóxicos na água que abastece a cidade, gerou preocupação. No entanto não há motivo para alarme, de acordo com uma pesquisadora da Unicamp.
Para a professora do Departamento de Química Analítica do Instituto de Química, Cassiana Carolina Montagner Raimundo, a concentração encontrada é residual, mas assim mesmo acende um alerta. O levantamento foi obtido no Ministério da Saúde, com investigação conjunta da Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye.
De acordo com o estudo, 11 destes agrotóxicos estão associados a doenças como câncer, distúrbios endócrinos e defeitos congênitos. A pesquisadora Cassiana Carolina esclarece que as estações de tratamento de água no Brasil não foram projetadas para retirar resíduos de agrotóxicos.
A fervura da água não resolve. Não há como eliminar esse tipo de contaminante com soluções caseiras. De acordo com a pesquisadora, a melhor forma de evitar a contaminação da água por agrotóxicos é ir à raiz do problema, através de um manejo planejado para evitar que os resíduos atinjam os corpos d´água e mananciais.
A Sanasa informou que o estudo tomou como base normas e padrões suíços, onde algumas substâncias citadas tem utilização proibida e garantiu que a água de Campinas não está imprópria ou contaminada.
Informou que trabalha com um rigoroso processo de tratamento de água, que monitora as substâncias para que estejam sempre dentro do limite estabelecido e que vem trabalhando para, cada vez mais, modernizar suas estações de tratamento de água e esgoto. Informou ainda que a Sanasa é referência mundial na produção de água de reúso.
