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População da Vila Soma lamenta decisão do STF e promete lutar pelo direito à moradia

Soma
Ocupação Vila Soma

Um dia após a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, cassar a medida liminar que impedia a reintegração de posse na área da Vila Soma, em Sumaré, os moradores da ocupação lamentaram a decisão e prometeram lutar pelo direito à moradia. Na área ocupada vivem no local pelo menos 10 mil pessoas, numa região de 990 mil metros quadrados, a quase 5 km do centro da cidade. A liminar concedida pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski havia suspendido a reintegração em 13 de janeiro de 2016. Na época, ele disse que a realização da medida poderia catalisar conflitos latentes, ensejando violações aos direitos fundamentais daqueles atingidos.

Hoje a Vila Soma apresenta uma estrutura de bairro, com comércio e áreas de lazer. Por esse motivo, os moradores da área acreditam que as autoridades deveriam tomar uma decisão que pudesse manter as famílias assentadas. Elizete Nunes da Silva, que está na Vila Soma desde o início, lembrou que esta não é a primeira decisão contrária à ocupação. Ela demonstra preocupação, mas também disposição para seguir em busca ao direito de moradia. Lucimar Ribeiro da Silva criticou a decisão da ministra, dizendo que faltou sensibilidade à magistrada ao caçar a liminar que garantia a permanência das pessoas na ocupação.

Ligado à Vila Soma e um dos principais articuladores nas negociações envolvendo a ocupação, o presidente da Câmara de Sumaré, William Souza, do PT, lamentou a decisão da ministra Cármen Lúcia. Segundo ele, não havia essa necessidade, uma vez que os órgãos que debatem o tema estão alinhados nas discussões que envolvem a compra da área. Já o advogado da Vila Soma, Alexandre Mandl, afirmou que vai recorrer da decisão da ministra do STF.

A ocupação da Vila Soma teve início em 2012 com 150 famílias, após a área ficar abandonada por cerca de 20 anos. A área pertence a duas empresas que buscam recuperar o terreno desde 2012.

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