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Burocracia emperra projeto do Trem Intercidades

O projeto do Trem Intercidades está travado em Brasília já que depende da intermediação do Governo Federal junto à empresa Rumo Logística, que detém a concessão de trechos que deverão ser usados para a viabilização.

O trajeto vai contemplar as cidades de São Paulo, Jundiaí, Campinas e Americana. O Secretário de Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy disse que o governo estadual faz esforços para que o projeto seja viabilizado ainda este ano mas que deve ficar mesmo para 2020.

Ele explicou que o problema, nesse primeiro momento, é burocrático. Isso porque o Estado já tem a posse do trecho SP-Jundiaí, onde funciona a linha 7 Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) mas depende da posse dos dois outros: Jundiaí-Campinas e Campinas-Americana.  Para isso, precisa que o Governo Federal receba a concessão da empresa que hoje administra os trechos, e que tem contrato até 2028 e repasse ao Estado.

A expectativa do Governo de São Paulo é que o projeto seja viabilizado através de uma PPP (Parceria Público Privada). Os custos estimados são de R$ 7 milhões. Segundo Baldy, que já foi Ministro das Cidades no governo de Michel Temer, a questão econômica já está sendo estudada.

O projeto da Capital a Campinas prevê dois tipos de serviço: Um, expresso, que circulará em trecho de 102 quilômetros, com paradas em São Paulo (na Barra Funda), Jundiaí e Campinas), com tempo de viagem estimado em 60 minutos. Outro, da linha 7-Rubi da CPTM, que deve atender Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí e que se integrará com a linha 7 em Francisco Morato.

O Ministério da Infraestrutura e a Rumo Logística foram procurados pela CBN. A concessionária disse que já foi assinado um termo de compromisso junto ao governo do Estado quanto à utilização do trecho entre Jundiaí e Campinas, que tem maior vocação para o transporte de passageiros (por ser contíguo ao trecho da CPTM e também por ter o maior contingente populacional). O referido trecho tem pequeno tráfego de cargas e pode ser compartilhado. Em trechos de grande densidade de cargas, o compartilhamento se torna inviável. Nesses casos, o mais adequado seria a construção de via exclusiva para passageiros, que ficaria a cargo do Estado ou do futuro operador do trem de passageiros.

O Ministério da Infraestrutura informou que no início deste ano, o Ministério da Infraestrutura e o Governo do Estado de SP acertaram a viabilização do Ferroanel de São Paulo, do projeto do Trem Intercidades e da concessão da rodovia Rio-Santos.

As duas linhas do projeto do Trem Intercidades serão desenvolvidas pelo setor privado, por meio de licitação, e haverá o compartilhamento das linhas já existentes. O projeto prevê a ligação entre a capital paulista, a região metropolitana de Campinas e a região do Vale do Paraíba.

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