A Câmara de Campinas aprovou em primeira discussão o projeto de lei que eleva em 7,6% o valor do vale- refeição pago a servidores efetivos do Legislativo e ainda concede o benefício aos funcionários comissionados, a partir de setembro. Com isso, a despesa anual da Casa subirá de R$ 2,8 milhões para R$ 6,8 milhões. A aprovação aconteceu na noite desta segunda-feira, numa sessão que lotou o plenário. Foram 20 votos favoráveis e 07 contrários. Os vereadores Tenente Santini, do PSD, e Antonio Flôres, do PSB, se abstiveram do voto. Santini disse que sua mulher é concursada da Câmara e que por isso ele não poderia votar.
Atualmente, a Câmara paga R$ 1.301,66 para 182 funcionários efetivos e o reajuste não ocorre há dois anos. O projeto de lei complementar diz que a alta corresponde ao Índice Geral de Preços-Mercado no período entre fevereiro de 2018 e fevereiro deste ano e estabelece que o benefício deve ser concedido a 228 comissionados com o novo valor, estimado em R$ 1.400,58. O presidente da Câmara de Campinas, Marcos Bernardelli, do PSDB, deixou seu lugar à mesa, passando o posto para seu vice, Vinícius Gratti, do PSB, para poder votar. Ele que foi favorável ao projeto, defende agora uma discussão mais ampla sobre o assunto, com a realização de uma audiência pública.
Já o vereador, Nelson Hosri, do Podemos, entende que seria justo que os comissionados recebessem o vale refeição, mas mesmo assim votou contra a aprovação do projeto de lei. Segundo ele, a crise econômica do país precisa de uma solução, antes da concessão de benefícios. Os vereadores Aurélio Cláudio, do PMB, Campos Filho, do DEM e Permínio Monteiro, do PV, não compareceram à sessão. A assessoria do Legislativo informou que a despesa não irá comprometer o orçamento da Câmara, previsto em R$ 135 milhões. O projeto de lei terá ainda de ser aprovado em segunda votação, para ser encaminhado para a sanção do prefeito Jonas Donizette.
