Aposta da Administração Municipal para suprir o déficit de profissionais na saúde, o projeto de lei batizado de “Mais Médico Campineiro” foi entregue na Câmara de Vereadores pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB. A ideia é aliviar o volume de atendimento nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde reforçando o serviço de Saúde da Família, oferecido aos moradores com dificuldade de locomoção e pacientes acamados ou com alguma restrição.
O Chefe do Executivo explica que o programa abrange principalmente médicos formados que possuam a credencial médica, mas também inclui profissionais aposentados que desejam voltar à ativa. Ao todo, serão abertas até 120 vagas. O texto propõe uma bolsa salário de R$ 11 mil aos médicos recém-formados nas faculdades de medicina da Unicamp, PUC-Campinas e São Leopolo Mandic. O objetivo é que atuem principalmente nas Unidades Básicas de Saúde, UBSs.
Apesar da parceria com as universidades, a gestão será feita pela Secretaria Municipal de Saúde. O responsável pela Pasta, Cármino de Souza, afirma que os profissionais serão alocados para trabalhar conforme a necessidade dos bairros. Ele alega que o projeto serve para substituir de forma gradativa o Mais Médicos do Governo Federal. Atualmente, 79 profissionais do programa atuam na cidade. Eles ganham cerca de R$ 11 mil e os últimos contratos vencem em 2021.
Após receber o projeto de lei do Executivo em mãos, o presidente da Câmara, Marcos Bernadelli, do PSDB, reconheceu que considera fazer uma sessão extraordinária para votar o texto entregue já na primeira quinzena de junho. A proposta é apresentada em meio ao momento conturbado da saúde em Campinas, que registra superlotação para pacientes do Sistema Único de Saúde e sofre com a suspensão do atendimento público nas últimas semanas.
