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Motoristas clandestinos agem livremente em Viracopos

Foto: Valéria Hein

Na saída do setor de desembarque do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, motoristas que se passam por prestadores do serviço por aplicativos agem livremente e cobram até R$ 50 para uma viagem até o centro da cidade.

A prática clandestina acontece principalmente a partir da segunda calçada do local, mais distante dos táxis comuns e executivos que ficam estacionados em frente aos portões do terminal. A reportagem se passou por um passageiro.

Ao atravessar a primeira rua, foi chamada por um dos condutores, que conversava em pé com outros dois homens. Falando baixo, ele disse trabalhar com transporte e citou o app Uber. O áudio foi gravado de forma escondida.

Na conversa, ao ser informado sobre o interesse por uma suposta viagem até a região da Avenida Francisco Glicério, no centro de Campinas, o abordador mostrou cinco dedos e confirmou que o preço que cobraria seria de R$ 50.

A produção fez o teste: o mesmo trajeto, entre Viracopos e Glicério, se fosse solicitado pelo passageiro pelo aplicativo de transporte 99, custaria R$ 34, R$ 16 mais barato que o oferecido pelo condutor clandestino na saída do terminal.

No local, a reportagem não localizou a fiscalização da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas. Mas a Emdec foi procurada e informou em nota que “fiscaliza, de forma contínua, a prestação do serviço” por aplicativos.

No comunicado, alega que, “por questões de legalidade e segurança” os usuários do serviço “não devem se submeter ao transporte negociado fora da plataforma dos aplicativos” e recomenda que a prática seja denunciada pelo telefone 118.

Pelo “Fale Conosco Emdec”, a empresa pede para que, caso seja possível, a placa do veículo seja indicada. Por fim, “reforça que a fiscalização em Viracopos é constante” e diz que a observação de situações como essa “será intensificada”.

 

*Nota da Uber*

Todas as viagens da Uber necessariamente só podem ser realizadas por meio do aplicativo, onde o usuário solicita um carro ao toque de um botão e recebe, via app, informações do motorista parceiro que vai buscá-lo, como nome, foto, além de modelo, cor e placa do veículo. Dessa forma, qualquer viagem feita fora desses padrões não é uma viagem de Uber e, portanto, não dispõe das diversas ferramentas de tecnologia e processos de segurança oferecidas pela plataforma, nem é coberta pelo seguro APP que cobre acidentes pessoais durante viagens na plataforma.

Vale lembrar também que todos os motoristas parceiros da Uber passam por uma verificação de antecedentes criminais antes de ter acesso à plataforma, que inclui a checagem em bases de dados públicos de todo o Brasil. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses. É importante frisar que nosso entendimento de segurança vai além desta verificação inicial, com diversas camadas de tecnologia em todas as etapas da viagem.  

A oferta de viagens fora da plataforma configura uma violação aos Termos e Condições de adesão ao aplicativo e, quando comprovada, leva ao banimento dos envolvidos.

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