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Presidente do Sindicato dos Rodoviários afirma que denúncias que motivaram investigação são infundadas

Sindicato dos Rodoviários é alvo da DIG

A sede do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e residências de dirigentes da entidade foram alvos da Polícia Civil na manhã da última segunda-feira, 27. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos locais. Computadores, celulares e documentos foram apreendidos, além de dois veículos. São investigados os crimes de furto qualificado, organização criminosa lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A investigação e teve início após denúncia do vice-presidente da entidade, Izael Soares de Almeida. Um dos investigados é o presidente do sindicato, Matusalém de Lima. Ele afirma estar rompido com Izael. “Ele coordenava uma sub-sede em Paulínia, e estavam aparecendo muitos acordos fraudulentos. Acabei tirando ele de lá, e em seguida eu tive que demitir o meu jurídico”.

A demissão de três integrantes do departamento jurídico da entidade se deu, segundo o presidente do sindicato, por conta de processos movidos por membros do departamento contra o sindicato. Uma advogada teria entrado com uma ação contra o sindicato no valor de R$ 155 mil em nome dela, e uma outra ação na qual ela representava o marido, também funcionário do sindicato, no valor de R$ 507 mil. “Eu não tinha controle sobre isso pois a notificação era ela que recebia”.

Mas, o principal problema teria sido relacionado à um acordo dos trabalhadores representados pelo sindicato com a Emdec. “Mas o que pegou mesmo foi uma denúncia de uma pessoa de um procesos da Emdec que teve um acordo em 2005 no valor de R$8,8 milhões aproximadamente, teve também um acordo de honorários do sindicato no valor de R$ 1,5 milhão que elas pegaram para elas. Com essa denúncia o Ministério Público quis saber o que eu sabia disso, e eu não sabia nada, pois em 2005 eu não era presidente. Diante de tudo isso tive que demiti-los, e diante de tudo isso eles se uniram para fazer denúncias infundadas contra mim e mais alguns diretores da entidade”.

Há suspeita de evolução patrimonial incompatível com a renda das pessoas investigadas, que são, além dos dirigentes, familiares, empresas e laranjas, que teriam recebido bens dos envolvidos para ocultar a procedência do dinheiro. Matusalém afirma que não cometeu irregularidade alguma. “Não tem nada irregular, quero até cumprimentar a Polícia que está fazendo o papel dela, e lá no final creio que não vai ter nada que prejudique a mim e a nossa categoria”.

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