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Queda de 4,5% na indústria de livros também reflete nas vendas

A queda real de 4,5% na indústria do livro foi sentida em Campinas. Para os proprietários de livrarias, a diminuição gradativa das vendas é evidente. O índice do mercado editorial foi colhido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe, e se refere a 2018, o quinto ano consecutivo de retração.

Mas quem trabalha há 50 anos no setor, como José Reinaldo Pontes, diz que a mudança começou em 2008, quando até mesmo as exportações sentiram. Dono da tradicional livraria Pontes, na Rua Doutor Quirino, no centro da cidade, atualmente ele conta somente com um funcionário. Antes, eram 12. Para explicar a manutenção no volume de obras estocadas, Reinaldo cita outra alteração ocorrida devido a queda nos últimos anos: o sistema de consignação.

Cida Martins, gerente da livraria WCS na Rua Thomaz Alves desde 2000, exemplifica e detalha que o estabelecimento não fecha no azul desde 2016. Ela atribui a redução no movimento a vários fatores. Além da crise, que afetou o poder aquisitivo, cita as vendas diretas de livros didáticos nas escolas. Por fim, lista ainda os preços mais atrativos nos sites das editoras, o que faz com que o movimento nas livrarias seja de frequentadores habituais e fiéis.

Ainda de acordo com os dados da Fipe sobre o ano passado, o setor de livros didáticos registrou queda real de 9,1% e o de obras gerais caiu 6,8%. Mas para driblar a tendência de queda, algumas medidas foram tomadas. A livraria Pontes, por exemplo, vai passar a oferecer café para os clientes.

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