Uma ação feita em frente à Prefeitura de Campinas cobrou do Executivo um cronograma para a redução da emissão de gases pelos ônibus municipais. A ideia é que um plano contra a poluição seja adotado na licitação do transporte.
Realizada pela organização Minha Campinas, a intervenção na Avenida Anchieta permitiu que a população interagisse com uma tabela que mostrava diferentes níveis de material particulado liberados pelos coletivos públicos.
Na faixa, estava o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde, 10 microgramas por metro cúbico, e também a quantidade que é emitida na cidade, até 23 microgramas anuais. Os índices levam em conta a queima do diesel.
A coordenadora de mobilização da Minha Campinas, Cláudia Oliveira, explica que a maior parte das pessoas acertou o resultado, o que demonstra que os usuários de ônibus e pedestres estão conscientes sobre as condições do ar.
Organizada justamente no Dia Mundial do Meio Ambiente, a ação teve a intenção de chamar a atenção para os reflexos da liberação de poluentes não só na natureza, mas também na saúde dos moradores e também na economia.
Conforme a ONU, aproximadamente sete milhões de pessoas morrem prematuramente por ano devido à poluição do ar e nove em cada dez pessoas no mundo estão expostas a níveis que excedem o considerado seguro pela OMS.
A intervenção também faz parte da campanha “Mais Ar, Menos Fumaça” que pede um cronograma de redução das emissões de gases pelo transporte público na próxima licitação. Por isso Cláudia Oliveira cobra um maior compromisso.
O edital está previsto para o final do ano depois de uma série de impasses e a promessa da Administração Municipal é que o documento inclua no mínimo 250 ônibus elétricos. Atualmente, a cidade tem 13 veículos não-poluentes.
