Mais um requerimento com pedido de Comissão Processante contra o prefeito Jonas Donizette foi rejeitado na sessão da Câmara de Campinas desta quarta-feira. Foram 22 votos contra a CP e nove a favor. O mesmo resultado da votação ocorrida na segunda-feira, sobre o pedido protocolado pela vereadora Mariana Conti, do PSOL. Desta vez o autor da proposta foi o Vereador Tenente Santini, do PSD. E também se sustenta na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que, na semana passada, condenou o prefeito a perda das funções públicas por supostas irregularidades na contração de funcionários comissionados.
Nove vereadores foram favoráveis à CP proposta por Santini: Mariana Conti (PSOL), Gustavo Petta (PC do B), Pedro Tourinho e Carlão do PT, Marcelo Silva (PSD), Campos Filho (DEM), Nelson Hossri (Podemos) e Vinícius Gratti (PSB). Marcos Bernardelli (PSDB), não pode votar por ser presidente da Câmara, e Tenente Santini não vota por ser como autor da proposta, sendo substituído pelo suplente, o professor Ângelo Diniz, do PSD.
Só que o foco da sessão desta quarta-feira foi outro. Santini utilizou todo o tempo na tribuna para falar de uma proposta de CPI, que ele chamou de Comissão Parlamentar de Inquérito da Organização Criminosa de Campinas. Uma CPI, segundo Santini, motivada também pela iniciativa do vereador Jorge Schneider, do PTB, que colheu e protocolou 20 assinaturas de vereadores pedindo que a corregedoria investigue a postura de Santini na Câmara. O que logo em seguida gerou a reação dos vereadores Gilberto Vermelho do PSDB e do próprio Jorge Schneider.
O corregedor da Câmara de Campinas, o vereador Antonio Flores, do PSB, deve notificar Tenente Santini, na próxima segunda-feira para que apresente até o próximo dia 24, as provas que comprovem as 14 denúncias feitas durante uma sessão da Câmara em que ele disparou contra os parlamentares e membros da Prefeitura de Campinas. Santini é acusado de quebra de decoro parlamentar, o que pode culminar na cassação do mandato dele. Durante a sessão do último dia 5, Santini disse na tribuna que há vereadores indicados por uma facção criminosa, envolvidos em roubo de carga, tráfico de drogas, e até que alguns pegam parte dos salários dos servidores comissionados.
