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Câmara de Campinas vota pedido de CP contra Tenente Santini na sessão desta segunda-feira

Tenente Santini 'dispara' contra colegas da Câmara de Campinas (Foto: Divulgação/CMC)

O pedido de Comissão Processante contra o vereador Tenente Santini, do PSD, que pode levar à cassação de seu mandato, será votado numa sessão inédita nesta segunda-feira. Se aprovada, será a primeira vez na história que o Legislativo de Campinas usa como instrumento uma CP contra um vereador da casa. Até então, essa medida havia sido usada apenas contra membros do executivo, o que levou à cassação dos ex-prefeitos, Hélio de Oliveira Santos e Demétrio Vilagra, e mais recentemente, contra Jonas Donizette, cujo relatório da CP o inocentou de suposta omissão nos desvios de recursos do Hospital Ouro Verde.

O pedido de Comissão Processante contra Santini deve ser protocolado, lido e votado na sessão desta segunda-feira. O autor é o vereador Jorge Schneider, do PTB. O objetivo é investigar as afirmações feitas no plenário por Tenente Santini, contra vereadores da casa, que ele acusou de serem financiados por facções criminosas. Sem citar nomes, Santini disse também alguns vereadores ficariam com parte dos salários de assessores. Os vereadores que defende a abertura da CP esperam que, através deste instrumento, Santini prove essas acusações.

Segundo o autor do pedido de abertura da CP, vereador Jorge Schneider, as acusações de Santini são graves. Ele defende a perda do mandato de Tenente Santini, caso não apresente provas das acusações e, em contrapartida, considera que o mesmo deveria ocorrer aos vereadores, caso as condutas criminosas citadas por Santini sejam comprovadas. Para o vereador Tenente Santini, esse pedido de CP é na verdade um movimento orquestrado por vereadores que integram a base do Governo Municipal. Ele afirma que a real intenção seria a de impedir uma possível candidatura dele à prefeitura de Campinas no ano que vem.

Santini afirma que já protocolou várias denúncias no Ministério Público contra parlamentares da Câmara, mas precisa preservar as fontes. Se a Comissão Processante for aprovada, serão sorteados três vereadores que irão compor o grupo responsável pela investigação do caso. Eles terão um prazo de 90 dias, a partir da notificação do investigado, para realizar os trabalhos e apresentar um relatório que será votado no Plenário da Casa.

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