A implantação do Craim (Centro de Referência e Atenção Integral à Mulher) de Campinas deveria ter acontecido em 2012, depois que a administração municipal recebeu R$ 3,5 milhões em recursos federais, fruto de um convênio com o Ministério da Saúde. Sete anos se passaram mas o prédio está longe de ser inaugurado. Nem a licitação, sequer, foi aberta.
A obra, agora, já está orçada em R$ 8 milhões e, de acordo com informações da prefeitura, será executada parte com recurso federal e o restante pelo próprio município. No momento, está na fase de aprovação pela Caixa Econômica Federal.
Diante da inércia da prefeitura, o Ministério Público Federal entrou com ação exigindo que a unidade começasse a ser construída. Em 2015, instaurou um inquérito civil para acompanhar o caso.
Agora, em 2019, o MPF firmou acordo com a prefeitura de Campinas para que a unidade entre em funcionamento até 10 de setembro de 2022. A licitação deverá ser concluída este ano e as obras devem ser iniciadas até 31 de janeiro de 2020.
A Diretora de Saúde da Prefeitura de Campinas, Mônica Macedo Nunes, garantiu que os R$ 3,2 milhões estão separados para a obra.
De acordo com informações do Ministério Público Federal, desde 2015 a prefeitura se limitou a justificar o atraso por vários motivos, como a sucessão de prefeitos, epidemias de dengue e até mesmo a realização da Copa do Mundo. Em 2017, a Secretaria de Assuntos Jurídicos alegou que o orçamento calculado havia superado em muito o valor recebido por meio do convênio. Agora, a diretora de saúde justifica o atraso a readequação do projeto.
O Centro será construído na Avenida das Amoreiras, esquina com Avenida Prefeito Faria Lima, na região do Hospital Mário Gatti e ao lado do AME (Ambulatório Médico de Especialidades).
