A Unidade de Pronto Atendimento do São José, em Campinas, não tem sala de isolamento para receber pacientes com doenças infectocontagiosas, o que eleva os riscos de transmissão e expõe profissionais e outras pessoas em atendimento. A situação faz com que os espaços para medicação e sutura sejam improvisados, afetando atividades e setores do local. O relato foi feito por uma das funcionárias durante reunião da Comissão de Política Social e Saúde da Câmara.
Na opinião do presidente da comissão, vereador Pedro Tourinho, do PT, as afirmações reforçam a situação de saturação da saúde pública municipal. Ele cita dois exemplos de causas para as dificuldades enfrentadas na UPA São José. Um deles é o fechamento da UPA Centro, adotado em novembro de 2016, e que teria saturado a unidade na região sul da cidade. O outro é a demora para a abertura da UPA Carlos Lourenço, que teve a obra concluída no início de 2018.
Outro problema comum para os trabalhadores da UPA São José é a falta de macas, panorama que é agravado no atendimento feito a pacientes encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência municipal. Como não há leito adequado no local, as macas do Samu precisam ficar retidas, o que atrasa e impede a circulação das ambulâncias. Neste caso, Pedro Tourinho cobra coordenação, já que a UPA e o serviço são geridos pela Rede Mário Gatti.
Além de discutir as condições de atendimento do São José e do Samu, a comissão também ouviu relatos de trabalhadores do PA Campo Grande.
POSICIONAMENTO
“A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar informa que os relatos não procedem. A UPA São José possui um quarto de isolamento. Em relação à falta de macas, a Rede garante que a situação está normal e, inclusive, os equipamentos receberam colchões novos neste ano. A maca do Samu só fica retida quando as demais estão ocupadas. No entanto, todas as ambulâncias possuem macas reserva e, por isso, as equipes do serviço são liberadas o mais rápido possível, conforme orientação da rede.”
