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Museu do Bosque tem rachaduras e risco de incêndio

Infiltrações e a gola de gesso deteriorada (Foto: Flávio Paradella)

Rachaduras e infiltrações nas paredes, buracos no forro, gesso e reboco em falta e fiações elétricas expostas e com ligações improvisadas. A situação atual das salas do Museu de História Natural do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, chama a atenção dos visitantes.

São mais de 100 mil por ano, segundo a Prefeitura. Entre eles, famílias com crianças e que vão até o local em busca de um acervo extenso. O espaço tem duas mil peças de animais empalhados, como mamíferos, aves, répteis, peixes e insetos de todos os ecossistemas brasileiros.

O prédio é antigo: tem 80 anos. E há quase uma década já apresenta sinais de degradação. Por enquanto, sem qualquer solução iminente. É o que explica o presidente da Associação dos Amigos do Bosque dos Jequitibás e Permissionários, Alonso Lino de Farias. Ele diz que desde 2015 tenta uma saída com as pastas de Serviços Públicos, responsável pelo Bosque, e a de Cultura, que responde pelo museu.

Ainda segundo Alonso, somente um trabalho de troca do telhado da chamada Casa dos Animais Interessantes foi feito recentemente. Mas ele pede que outras ações sejam feitas nas demais construções para evitar acidentes, já que o lugar costuma receber a visita de estudantes.

Analisando as condições das estruturas, o arquiteto e urbanista, Rafael Fernandes Marinelli, não vê qualquer risco de colapso imediato. Para ele, o desgaste acontece há anos e requer reforma. Porém, chama mais atenção para o risco de incêndio por conta da gambiarra nas fiações.

A Secretaria de Cultura de Campinas foi procurada e enviou nota alegando que o Museu de História Natual está em processo de revitalização desde 2018. No comunicado enviado à reportagem, diz que o Aquário foi reformado com a abertura de novos tanques com uma maior diversidade de peixes.

Também afirma que o Chalé que abriga os Animais Interessantes, construído por Ramos de Azevedo e tombado, foi pintado e teve o telhado trocado. A pasta responsável alega ainda que o prédio que abriga o Museu já teve os encanamentos revisados e a calçada, quebrada por raízes, refeita.

Outras medidas, como a revisão do telhado e o conserto de rachaduras, também teriam sido adotadas nos últimos dias, conforme o posicionamento.

A nota explica que “por conta da intensa visitação no período de férias” o museu será mantido aberto e a reforma interna será marcada para agosto. Por fim, argumenta que o Museu de História Natural completa 80 anos em 2019 e que “a reabertura será parte das comemorações do seu aniversário”.

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