A última sessão da Câmara de Campinas antes do recesso do mês de julho promete ser muito movimentada na noite desta quarta-feira. O legislativo municipal novamente terá de votar o polêmico pedido de abertura de uma Comissão Processante contra o vereador Tenente Santini, do PSD, que pode ser investigado por conta de suas declarações contra os colegas parlamentares na Tribuna da Casa. Inicialmente previsto para a última segunda-feira, o pedido chegou a ser votado, mas parte dos vereadores se retirou do plenário e por falta de quórum, a sessão foi encerrada e a votação, que teve 14 votos favoráveis à abertura da CP, foi invalidada.
Isso acabou gerando outro problema ao legislativo municipal, já que com a suspensão da sessão, nenhuma das pautas previstas para segunda-feira foi votada e todo esse trabalho será somado à matéria desta quarta-feira, totalizando 20 projetos de lei que exigirão a atenção dos vereadores. Entre essas propostas, há algumas que carecem de aprovação imediata, sendo tratadas como prioritárias. A principal delas diz respeito ao Refis, o programa de refinanciamento para quem tem dívidas com a prefeitura de Campinas.
De todo modo, a votação pela abertura da CP contra Tenente Santini deve concentrar as atenções da última sessão do ano. A já polêmica proposta ganhou novos ingredientes desde segunda-feira, com membros ligados ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestando em apoio ao parlamentar do PSD. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, postou um vídeo nas redes sociais pedindo apoio irrestrito ao vereador Tenente Santini. Após a publicação de Eduardo Bolsonaro, o ministro da educação, Abrahan Weintraub, usou o Twitter para comentar a questão. No texto, ele também pediu apoio ao parlamentar campineiro.
A última sessão do semestre começa às 18 horas e a expectativa é de que o plenário receba bom público novamente. Como determina o regimento interno da Casa, um pedido de abertura de Comissão Processante é prioritário, então será o primeiro item a ser votado pelos parlamentares. Para que a sessão possa ser iniciada, é necessário que pelo menos 17 vereadores estejam presentes, para que dê quórum. Caso isso não ocorra novamente, a sessão tem de ser suspensa e neste caso, nenhum projeto poderia ser votado na noite desta quarta-feira.
