O Gaeco do Ministério Público diz ter provas do pagamento de R$ 170 mil em propina a dois secretários municipais de Várzea Paulista que foram alvos de busca e apreensão na 4ª fase da Operação Ouro Verde.
Os nomes e as pastas dos investigados foram mantidos em sigilo pelo promotor responsável pelas apurações, Daniel Zulian, que confirmou que os pedidos de prisão de ambos foram negados pela Justiça da cidade.
Apesar disso, os mandados nas sedes das secretarias foram autorizados e o cumprimento aconteceu com apoio de policiais militares do Baep. Documentos e equipamentos foram recolhidos e serão investigados.
Segundo Zulian, os indícios colhidos até agora através de escutas telefônicas e da quebra dos sigilos bancários e de e-mail indicam que os valores envolvidos não eram direcionados somente aos dois agentes públicos.
O dinheiro foi pago durante oito meses a partir do acordo firmado com a OS Vitale para serviços em saúde. As quantias serviam para que os desvios fossem feitos nos moldes do esquema montado em Campinas.
Os empresários ligados à organização conseguiam desviar dinheiro público a partir de contratos forjados para a execução de atividades no hospital de Várzea Paulista, a exemplo do que era feito no Ouro Verde.
As investigações começaram em 2017 em Campinas e chegaram a Várzea Paulista após delação premiada de um dos diretores da OS Vitale. Na ocasião, Paulo Câmara citou a Saúde e a Comunicação da cidade.
Apesar de deixar a gestão do Hospital Ouro Verde, em Campinas, a Vitale segue à frente da UPA de Várzea Paulista. A situação fez com que a prefeitura do município se manifestasse através de uma nota oficial.
No comunicado, diz que “está disponibilizando toda a documentação e informações necessárias” e informa que elabora uma licitação para que uma nova empresa seja contratada para fazer a gestão da UPA.
