A aplicação de multas administrativas pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas contra taxistas é vista como retaliação pela categoria, que critica o rigor e cobra tratamento igual aos aplicativos.
Um dos exemplos é uma sanção de R$ 2,8 mil com o argumento de que um permissionário teria deixado de atuar sem a autorização da Emdec. O Sinditáxi nega e defende que o automóvel do motorista havia sido levado em um assalto.
O presidente da entidade, Inácio Rodrigues, reclama sobre o que vê como falta de compreensão e diálogo, já que os valores foram se acumulando enquanto o detentor da permissão aguardava para receber o dinheiro do seguro.
Outros casos envolvem também uma multa de R$ 700 depois que o veículo da permissão foi recolhido pela financeira e outra por abandono de carro durante o período de almoço do prestador de serviço. As situações revoltam o sindicato.
O presidente conta que as sanções aumentaram nos últimos seis meses e vê relação entre a ampliação das aplicações e a ação civil pública protocolada contra o município para que a lei que abrange os táxis seja aplicada aos apps.
A medida adotada pelo Sinditáxi cobra que a fiscalização seja a mesma nos carros cadastrados pela Uber e a 99, já que a concorrência seria injusta. O problema, inclusive, teria piorado com a suposta “perseguição” da Emdec.
Em nota, a Emdec informou que a atuação e fiscalização da empresa, em qualquer circunstância e envolvendo qualquer tipo de situação, seja de trânsito, transporte público ou transporte de interesse público (táxi, escolar, fretamento, por aplicativo) é sempre pautada na legislação vigente e na estrita observância das leis. É uma ação imparcial e isenta de direcionamentos.