As cirurgias ortopédicas do Hospital Municipal de Paulínia estão suspensas devido à falta de materiais, como placas, próteses, fios e parafusos. A situação foi denunciada pelo diretor clínico da unidade, Gustavo Adolfo Lopes Vulcano, que reclama que a situação se arrasta há quatro meses.
O problema faz com que pacientes que necessitem de procedimentos mais complexos sejam transferidos para hospitais de outros municípios. Com isso, o diretor clínico levou o caso ao Conselho Regional de Medicina, ao Ministério Público e ainda registrou um boletim de ocorrência.
A intenção, segundo ele, é que as responsabilidades sejam apuradas, já que a compra dos materiais é feita pela Secretaria Municipal de Saúde. Apesar dessa situação no centro cirúrgico, as consultas marcadas e os traumas ortopédicos menos graves são atendidos normalmente no local.
A Secretaria de Saúde foi procurada e se posicionou. No comunicado, esclarece que não houve paralisação no atendimento de traumatologia. No texto, diz que “a falta de materiais citada é decorrente de problemas na elaboração dos documentos de responsabilidade da equipe técnica”.
O secretário da pasta, Luis Carlos Casarin, alega na nota que esses documentos continham erros importantes e atribui a isso a paralisação da compra. No comunicado, reforça que a Secretaria de Saúde irá abrir sindicância para apurar o caso e as devidas responsabilidades sobre a situação. Por fim, diz que os casos continuam sendo atendidos pela Central de Regulação de Serviço de Saúde, para o encaminhamento a hospitais da região.