A campanha de vacinação contra o sarampo termina nesta semana em meio a um surto da doença que se atinge o Estado de São Paulo e a também cidades do Rio de Janeiro e da Bahia. As vacinas, no entanto, continuarão disponíveis nos postos de saúde de Campinas, que entrou no mapa de alerta do Ministério da Saúde, após a cidade contabilizar oito casos.
Metade dos pacientes são de uma creche no DIC 6, onde houve um surto. Os outros dois infectados são irmãos, considerados casos isolados. Por isso, na região dos DICs, a preocupação é maior entre os moradores. Nos centros de Saúde da região, a procura pela vacina tem sido grande. No entanto, para alguns, a metodologia utilizada antigamente, quando as crianças eram vacinadas nas escolas era mais prática.
Edna Maria levou o neto de 4 anos para vacinar no Centro de Saúde do DIC I, mas também considera que a vacinação nas escolas facilitaria a cobertura vacinal. Maíra Cristina Campos, afirma, no entanto, que na Nave Mãe do DIC 6 este procedimento já está sendo realizado.
A confirmação de oito registros da doença também motivou a Secretaria de Saúde a alterar a estratégia de vacinação, ampliando a cobertura para crianças a partir de seis meses. Jane Cruz tem um bebê de 9 meses e ficou mais tranquila com o novo protocolo. De acordo com a Prefeitura de Campinas, em todas as situações, as medidas preconizadas foram adotadas. Entre elas, a vacinação de todos que tiveram contato com os doentes.
Os números do sarampo têm crescido em todo o mundo. Os casos registrados nos seis primeiros meses deste ano é o mais alto desde 2006. Um relatório preliminar da Organização Mundial da Saúde aponta que neste período, a incidência de Sarampo triplicou. No Brasil, são 907 confirmações este ano, sendo que não registrava casos autóctones desde o ano 2000. Além dos 8 casos em Campinas, Indaiatuba tem três confirmações e Americana, Jaguariúna, Hortolândia e Sumaré têm um caso cada uma.
