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Economia da região de Campinas registra retração no primeiro trimestre

Foto: André Berenguel

A economia da Região Administrativa de Campinas teve retração no primeiro trimestre de 2019 em comparação com o último trimestre de 2018. Segundo dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a região, composta por 90 cidades, teve retração de 1,1%.

Das 16 regiões do estado, a maioria delas registrou retração: Nove no total. A Região de Campinas foi a que registrou o terceiro pior resultado, ficando atrás das regiões Central e de Ribeirão Preto. Apesar disso, houve leve crescimento na média estadual: 0,2%.

Para o Economista do grupo Vectis, Fabiano Belatti, a retração da economia da região de Campinas ocorre por vários fatores, sendo os problemas da indústria os principais, especialmente do setor automotivo, que é forte na região. “É uma conjunção de fatores, não há nada pontual. Perdemos muitos postos de trabalho, quando você sai de uma empresa de 4 mil funcionários para 1 mil, isso impacta no consumo, e o comércio acaba sendo o termômetro”.

Belatti acredita que os próximos trimestres também deverão apresentar resultados ruins, uma vez que a economia é diretamente dependente de ações do governo que não ocorrem dentro do prazo necessário. “As medidas macroeconômicas, como a reforma da previdência, ela está acontecendo, mas isso vai acontecer no final de novembro, até lá acabou o ano. Qual a perspectiva que vamos ter de uma retomada do crescimento baseada em uma economia do estado? Vamos falar março. Você vai ficar ai com um ‘gap” ainda de desemprego bem elevado até lá. O tempo público é diferente da necessidade do empresário”.

Analisando um cenário mais amplo, considerando quatro trimestres, desde o segundo trimestre de 2018 até o primeiro de 2019, a região administrativa de Campinas registrou um leve crescimento, de 1,3% em relação aos outros quatro trimestres anteriores.

A região é disparada a que tem o segundo maior PIB do estado, perdendo apenas para Região Metropolitana de São Paulo. Do PIB estadual, de R$ 562 bilhões no primeiro trimestre de 2019, a região foi responsável por quase R$ 94 bilhões, o que corresponde a 16,7% do total. Porém, no ano passado a região representou 17,3% do PIB total do estado.

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