Para o diretor do Conselho de Infraestrutura e Logística do Ciesp Campinas, Josmar Cappa, o baixo fluxo de passageiros no Aeroporto Internacional de Viracopos é reflexo de uma série de problemas, erros e impasses jurídicos.
O terminal, concedido à iniciativa privada em 2012, aguarda pela relicitação desde 2017, depois que a concessionária responsável pela administração do espaço, a Aeroportos Brasil Viracopos, ABV, pediu recuperação judicial.
Na opinião de Cappa, essa falta de definição agravou ainda mais a realidade vivida pelo aeroporto, remodelado em 2014 para receber um fluxo anual de 25 milhões de passageiros, mas que atualmente recebe menos da metade disso.
Apesar da indefinição sobre a nova empresa que vai administrar Viracopos, a atual concessionária é obrigada por contrato a manter a qualidade dos serviços no aeroporto. Com isso, adotou algumas medidas internas para economizar.
Diante dos indicativos frustrantes de movimentação de passageiros, uma das ações chamou a atenção nos últimos dias: o antigo corredor de desembarque foi totalmente interditado e o caminho de quem frequenta o terminal foi desviado.
Atualmente, quem chega a Campinas, usa o mesmo corredor das pessoas que estão embarcando, o que resultou em redução de gastos com escadas rolantes, ar condicionado e luz, além dos serviços de faxina e vigia, que foram suspensos.