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Laboratório em Campinas lidera estudos em coração fóssil

O Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas, ajudou a recriar o coração fóssil de um peixe que viveu há pelo menos 113 milhões de anos no território brasileiro. O estudo foi feito em parceria com 12 universidades e instituições, brasileiras e estrangeiras, e começou há dez anos após uma descoberta no Nordeste do país.

O material, encontrado na Chapada do Araripe, no Ceará, permitiu que os pesquisadores compreendessem e traçassem melhor a evolução do órgão em vertebrados. O chefe da pesquisa do Laboratório Nacional de Biociências, José Xavier Neto, explica que os tecidos preservados no fóssil apontam para um processo de simplificação.

Fazendo uma analogia com a tecnologia, ele atribui à eficiência a redução do número de válvulas nos animais: de cinco no fóssil, para uma no coração de peixes atuais. A partir disso, ele defende, por exemplo, que é possível desenvolver soluções para tratamentos de doenças cardiovasculares, principalmente através de células tronco.

Para estudar o fóssil, um modelo em três dimensões em tamanho real foi criado a partir de tomografias feitas em outros 63 fósseis por um laboratório de luz sincrotron na França. Campinas possui um laboratório semelhante, mas não a tecnologia que permite a análise, como explica o diretor científico do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron, Harry Westfahl. Essa limitação, porém, deve mudar com a conclusão em 2019 do Projeto Sírius, em Campinas, que será um dos mais modernos do mundo.

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