Para os moradores da região do Campo Grande, em Campinas, que passam todos os dias pela Avenida John Boyd Dunlop, o trajeto de ida e volta do centro se tornou um teste de paciência na altura do Jardim Florence I. O problema é causado pelas obras de duplicação de uma ponte ferroviária que causam o estreitamento da pista e congestionam o tráfego nos horários de pico: no início da manhã, no sentido centro e no fim da tarde, em direção aos bairros.
Proprietário de um trailer de lanches em frente ao local, Marcos Antonio, explica que acorda de madrugada e não enfrenta dificuldades, mas que vê de perto a situação todos os dias. Quem utiliza os ônibus, relata demora na espera nos pontos de parada, enquanto quem segue ao volante reclama do tempo parado na avenida. É o caso de Adenilson Bueno, que vai de carro para o trabalho e conta que fica até 40 minutos preso no trânsito. Ele se diz indignado com a redução de uma faixa logo abaixo do pontilhão.
Em nota, a Emdec afirmou que a média diária no trecho no sentido centro é de 13 mil e 600 veículos e que o aumento no fluxo é resultado do fechamento de uma “passagem de nível clandestina após um acidente envolvendo um trem e um carro em dezembro de 2013”. Ainda de acordo com o comunicado, depois dos trabalhos de duplicação, de responsabilidade da ALL Logística, “está prevista a intervenção de alargamento da passagem, melhorando a circulação na avenida”.
A América Latina Logística, por sua vez, informou que “o viaduto em questão faz parte da obra de duplicação do trecho entre Campinas e São Roque, que tem 100 km de extensão, com previsão de ser concluída no primeiro semestre de 2014”. A concessionária informa ainda que “o projeto foi elaborado e aprovado de acordo com as exigências da Prefeitura e da EMDEC”.